30 de maio de 2014

Eu pari!

No dia 27 de maio de 2014, às 11:35 am de Boston  (12:35 de Brasília), nasceu a minha filha, o meu tesouro, Liana de Cássia, medindo 49 cm e pesando 3,120 kg.

Não tenho palavras pra descrever o amor que senti desde o primeiro segundo, e não sei explicar como este amor só cresce. Ela é a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida, é inacreditável que nós produzimos um ser tão perfeito.

Ainda quero fazer o meu relato de parto, eu prometo que postarei aqui o mais breve que conseguir. Mas já adianto que foi a experiência mais incrível da minha vida. Eu li tanto relato de parto, vi tanto vídeo e foto de partos, mas digo que o meu parto foi o mais lindo, foi muito mais maravilhoso que eu poderia um dia imaginar. Foram 40 horas de trabalho de parto e eu quero escrever com o maior número de detalhes possível aqui.

Estamos em lua de mel, nós três. É muito amor, muito leite, muito cansaço e muitos sorrisos dos pais babões.

23 de maio de 2014

Último ultrassom e 1 cm de dilatação

Reta final da gravidez. Final mesmo! Estamos muito bem, eu ainda to curtindo muito ter a minha pequena grande barriga de melancia e sei que hoje é um dos últimos dias que ela está aqui com uma bebéia dentro. As contrações de treinamento continuam e cada vez mais fortes e mais frequentes. Ainda não conto a freqüência porque percebo que elas são irregulares, e não tem dor nenhuma. Bom, nenhuma vírgula, porque sinto o meu ciático e não é nada agradável.

Eu comparo o meu caminhar com o de uma pata choca e ontem a noite, segundo o maridex, eu parecia uma pata choca que levava choque. Tivemos o nosso último date night antes do nascimento da nossa primogênita e andando do restaurante até a estação de metrô eu sentia uma dor no ciático a cada 10 metros. Era como um choque, e eu puxava o braço do maridex a cada pontada na perna que eu tinha. Pronto, eu era a pata choca levando choque. Rimos muito disso, até que eu cansei de caminhar. Parecia que já estávamos andando uns 5 km e eu perguntei o quanto caminhamos e não era muito mais de 400 m. Mas pra mim foi uma eternidade por conta das contrações de treinamento com a pontada na perna esquerda.

Hoje de manhã fizemos o nosso último ultrassom só pra ter certeza que a Sementinha está crescendo normalmente. A minha GO passou este ultra porque, como sempre, ela achou a minha barriga muito pequena, então por mais que ela achasse que estava tudo bem preferiria ter certeza com as imagens. Ah, e hoje foi lindo ver a nossa Sementinha! O ultra estima que seu peso está em cerca de 3,2 kg, sua barriguinha é redondinha e linda, vimos seu coração batendo tão perfeitinho, ela está na posição correta pra nascer, cabeça lá em baixo, coisa-mais-linda-de-meu-Deus! Foi tão bom a ver naquela tela! Não fiz muitas ultras a gravidez inteira, porque elas não são necessárias, e esta  foi a que eu mais gostei.




Acho que essas imagens do rostinho da Sementinha são a principal razão por eu ter gostado tanto. Conseguimos ver bem nítido. Eu sempre dizia que eu não queria que ela puxasse o meu nariz de batata e lá está ele, é o meu nariz total. Mas achei lindo que ela tem o meu nariz! E a boca não sei, parece que ela puxou da Angelina Jolie, não sei de onde esses lábios carnudos vem, rs!

Logo depois da ultra tivemos a consulta com a minha GO e ela me perguntou se queríamos o exame do toque e eu queria sim. Estou tendo muitas contrações de treinamento, eu imaginava que eu já teria alguma dilatação, queria ter certeza. E sim, já estava de manhã com 1 cm. Sei que isso não significa nada, pode ser que eu entre em TP hoje, pode ser que ainda demore 2 semanas mais. Mas sei que meu corpo já está trabalhando pro parto. E eu acho que está bem próximo.

E a ansiedade? Não, ela não existe como eu imaginava que seria. Eu sempre pensei que eu ia ficar a doida mais ansiosa do mundo, mas estou num estado quase zen. To amando! E to gostando de observar meu corpo, a minha barriga endurecendo, a Sementinha chutando... Será em breve, e não preciso de ficar ansiosa porque será pra sempre. Pra sempre a minha filha.

21 de maio de 2014

Fim de gravidez e a primeira visita da minha família

No penúltimo post eu disse que eu quero que a Sementinha continue aqui dentro da pança por mais um tempo. Hoje, com 38 semanas e 6 dias continuo querendo chegar nas 39 semanas e 6 dias, mas confesso que o cansaço está me pegando de jeito. Mesmo! Eu sou uma pessoa que sempre gostou de sair, conversar, sou bastante extrovertida, mas a minha vida social nestes últimos dias está agitada demais. Sexta a noite fomos a um happy hour com alguns amigos. Sábado a tarde eu tive um chá de panela e quando eu cheguei em casa queria só deitar e tirar um cochilo, mas tive tempo só de trocar os sapatos pra sairmos para jantar com uns amigos e mais tarde emendamos uns drinks num bar. Normal sendo um sábado a noite pra quem não tem filhos... Domingo descansei bastante, ufa, que bom! Mas segunda a noite foi despedida de um amigo querido que está se mudando pra Europa e terça tivemos um jantar de aniversário de uma amiga. Durante esse jantar tive algumas contrações mais fortes que o usual, mas elas eram só na parte de cima do útero, e sem dor alguma. Essa coisa de não saber quando vou entrar em trabalho de parto é tão excitante! Adoro! Mas com tantos eventos sociais pra ir eu fico mesmo é pensando em descansar e ficar em casa cuidando do ninho pra estar tudo em ordem no momento que eu entrar em trabalho de parto...

Mas estou feliz por ter energia o suficiente para sair, caminhar, trabalhar no nosso jardim, limpar a casa, encontrar os nossos amigos, ir no cinema, sair pra jantar... Daqui a pouco não será tão fácil fazer todas essas coisas, estou sabendo disso.

Eu sempre falo sobre as diferenças culturais entre nosso Brasil e a Gringolândia, agora vou contar como é por aqui quando um bebê nasce e como será conosco.

Aqui as pessoas não são tão "família" quanto no Brasil. Explico: no Brasil quase todo mundo mora na mesma cidade que os pais, irmãos, primos, tios, avós. Aqui quase ninguém mora na mesma cidade que os pais ou irmãos. Cada um está num canto do país. E o país é enorme, um pouco maior que o Brasil. Daí quando uma mulher está grávida, a sua mãe geralmente não está perto para ajudar tanto quanto a gente vê no Brasil. Já quanto aos amigos eu percebo que aqui quando alguém diz que quer ajudar é porque quer mesmo. No Brasil tem aquela coisa de "conte comigo pro que você precisar", mas a gente sabe que no fundo muitas vezes não é tão sincero. Aqui ninguém te oferece algo se de fato não está disposto a te dar ou a fazer. Então quando alguém oferece ajuda é pra valer mesmo! Mas, ao mesmo tempo, as pessoas aqui respeitam muito o espaço individual de cada um. Então ninguém se oferece pra visitar alguém que acabou de ter um bebê. Só há visitas se houver um convite antes. E se alguém se oferecer para visitar deve estar preparado para ouvir um não. E também no geral as pessoas não dão palpites como no Brasil quanto a gravidez ou amamentação, por exemplo. Se dão palpite é porque foram perguntadas antes.

Quando a minha sobrinha nasceu, uma das coisas que mais deu trabalho pra minha irmã foi receber visitas em casa nos momentos mais inoportunos, quando ela queria descansar. Isso aqui na Gringolândia dificilmente acontece, porque se alguém ligar dizendo que está querendo visitar o recém nascido a mãe pode simplesmente dizer que não, que aquela não é uma boa hora pra visitas. Outra coisa que a minha irmã sofria era com aquela mania de todo mundo querer pegar o bebê no colo, inclusive crianças e pessoas que a minha irmã mal conhecia. E no Brasil a gente não sabe dizer não. E nem ouvir não. Aqui isso não acontece.

Eu acho bem legal este jeito americano de ser e agir com relação a essas questões. Gosto do fato de que nossos amigos gringos já se colocaram a nossa disposição para ajudar no que for preciso, mas que eles respeitam o nosso espaço, a nossa privacidade e as nossas decisões sobre como criar a nossa filha, por mais que seja diferente da forma que eles fazem com os filhos deles. Eles já se ofereceram pra nos buscar na maternidade quando estivermos saindo com a Sementinha, já que não temos carro aqui, ir no mercado fazer compras, cozinhar pra gente e levar a comida prontinha, e mesmo ajudar com a bebê no caso de precisarmos.

Mas aqui teremos também a visita de uma boa parte da minha família. No dia 11 de junho chegarão a minha mãe, meu primo (ele é meu quase irmão, meu quase pai e meu padrinho de crisma, morou conosco dos seus 15 anos até completar a faculdade e eu morei com ele e sua esposa nos meus primeiros anos de faculdade), sua esposa (minha madrinha de crisma) e a filha adolescente. Eles ficarão hospedados na nossa casa até o dia 29 de junho. E no dia 27 de junho chegarão as minhas duas irmãs mais novas, a minha sogra e o meu cunhado (irmão do maridex). As minhas irmãs ficarão só por 6 dias e a minha sogra ficará por 2 semanas. Após o primeiro grupo de hóspedes ir embora esse segundo grupo ficará conosco aqui em casa. Uma das minhas irmãs será a madrinha da Sementinha, juntamente com o meu cunhado, e o batizado será no dia 28 de junho, quando essa turma toda estará em Boston. Estou muito feliz que a Semeninha será batizada logo nas suas primeiras semanas de vida, como eu fui também, e que boa parte da minha família e da família do maridex irão participar.

Quanto a ter visitas em casa, por um lado nós teremos uma ajuda valiosa, principalmente da minha mãe e minha madrinha, que irão cozinhar comida brasileira pra gente, lavar as louças, limpar o que for necessário, e elas são mães experientes. Por outro lado sei que será complicado receber 4 pessoas aqui em casa, tendo acabado de nascer uma bebéia novinha, ainda estaremos na fase de adaptação com a Sementinha. Tenho certeza que as visitas vão querer passear e não sei o quanto eu estarei pronta/disposta/capaz de passear com eles. A minha mãe não fala uma palavra sequer em inglês, nunca saiu do país, tem um certo medo de viajar e não está acostumada com coias novas, fora do mundo dela. Mas eu simplesmente não penso sobre isso, pra não me preocupar. Ela estará em boas mãos vindo com o meu primo, já que ele fala inglês e tem experiência o suficiente com viagens. Aliás, eu costumo brincar que ele é o filho preferido dela, o que é engraçado porque  a minha mãe tem quatro filhas.

Ter uma boa parte da minha família aqui será maravilhoso no geral, mas é também um pouco preocupante sim. O maridex sempre me pergunta o que será que a minha mãe vai achar sobre várias coisas, seja da nossa casa, seja da nossa cidade. É interessante o quanto que ele quer causar uma boa impressão a todos. Também é bacana quando passamos por um lugar bonito aqui e comentamos o quanto esperamos que a minha família aprecie esse local. Me pego pensando em como será fazer o trajeto de casa até o mercado com o carrinho de bebê, ou com a Sementinha no sling, e a minha família junto, andando devagar, observando a arquitetura de cada casa, todas elas sem muros ou grades e nós conversando em português. É... acho que será ótimo!




17 de maio de 2014

Do fascínio que as pessoas tem sobre as grávidas

Eu adoro analisar as diferenças culturais entre meu lindo Brasil Varonil e a Gringolândia. Estando grávida estou vendo e vivendo umas coisas que sei que são bem diferentes, e  outras que são simplesmente iguais. O fascínio que as pessoas têm pelas mulheres de barriga de melancia é o mesmo, seja aqui, seja em qualquer outro lugar. A gravidez faz com que as pessoas sintam um carinho e simpatia especiais, ou até mesmo admiração. Percebo isso fácil nos olhares e sorrisos. E adoro!

Aqui as grávidas não mostram tanto a barriga. Durante o verão as grávidas que vão pra praia ou clube não usam biquíni. Algumas usam uma blusa que tampa o barrigão ou maiô. Mas mostrar a barriga é demais, pode chocar algumas pessoas. Olhando o catálogo de produtos para grávidas me pego rindo das roupas de banho a venda para as futuras mamães. Pra mim elas são quase uma burca!

No Brasil se você está grávida a sua barriga não é mais sua. Ela e pública, todo mundo pode tocar, querer sentir o bebê chutando e não é necessário pedir licença. Aqui isso não acontece. As úncias pessoas que tocam a minha barriga (tirando o maridex, é claro) são uma amiga brasileira, uma angolana, uma italiana e uma espanhola. Os americanos só tocam se eu oferecer ou pedem licença com toda cerimônia.

Tenho uma amiga americana que tem uma filhinha de um ano, ela é uma das nossas melhores amigas aqui, somos bem próximos, mas ainda assim nas duas vezes que ela tocou na minha barriga foi porque eu ofereci pra sentir a Sementinha chutar, ou porque ela me pediu de uma forma super educada. Quando ela estava grávida aconteceu uma coisa que foi meio constrangedora. Eu e maridex tínhamos passado algumas semanas no Brasil no final de 2012. Voltamos pra Gringolândia e fomos pra casa desta amiga e seu marido para passar o Réveillon. Chegando na festa o maridex ficou muito feliz em ver o quanto a nossa amiga estava linda barriguda. Ela estava na época grávida de 6 meses, e era a primeira vez que víamos a barriga dela grandinha. Ele se empolgou tanto que pegou na barriga dela e a elogiou. Momento estranho! Ela ficou toda dura e sem jeito, todos ficaram olhando com cara de "ué?". Ninguém espera que alguém toque na sua barriga, por mais que essa pessoa seja muito próxima, por mais que a barriga esteja linda de melancia. Maridex se desculpou, disse que foi porque ele tinha passado muitos dias no Brasil, onde as pessoas se tocam mais, e que ele não se segurou pra pegar na barriga dela.

Nos últimos dias aconteceu duas vezes de eu perguntar a duas colegas se elas queriam tocar na minha barriga quando estávamos conversando sobre gravidez e a Sementinha estava chutando. Uma delas, uma moça muito simpática que está prestes a se casar, ficou tão feliz que ficou com os olhos brilhando, me agradeceu e disse que era a primeira vez que ela tocava em um barriga grávida e que era bem especial pra ela. Eu vi a felicidade nos seus olhos!

As pessoas aqui são um pouco mais frias que no Brasil, acho que elas reparam menos nos outros e há mais respeito com o espaço e individualidade de cada um. Há alguns dias estávamos no metrô e um senhor humilde que estava sentado de frente pra nós sorriu pra mim de uma forma tão sincera, olhou pro meu marido e o parabenizou,  e pra mim disse que eu estava linda. Isso aqui na Gringolândia só pode acontecer por causa da magia que as grávidas tem mesmo!



13 de maio de 2014

Um pouquinho de (quase) tudo e fotos do ensaio maternidade

Eu tinha planos de escrever muito no blog nesta fase final da gravidez. Tem tanta experiência que eu estou vivendo, coisas interessantes que estou lendo, conversando com algumas amigas, meditando... Mas o cansaço do terceiro trimestre me pegou de um jeito que me nocauteou. Eu me recuso a dizer que é preguiça, este gostoso pecado capital. É cansaço e vagareza, ponto. Estou devagar para caminhar, para limpar a casa, para lavar as últimas roupinhas da Sementinha, para passar, para tudo!

Então farei o seguinte: hoje escreverei sobre um monte de coisas que estão se passando por aqui. Nesta quinta feira completamos 38 semanas de gravidez, e como sempre digo, o tempo passa, o tempo voa!(Saudades da propaganda do Bamerindos...) Todas as grávidas sempre reclamam do temido terceiro trimestre, mas eu pensava que meu primeiro tri foi tão horrível, com tanto enjoo e ainda uma cirurgia de apendicite no final, que o terceiro não seria tão ruim assim. Ok, agora posso dizer: não é muito legal ter queimação todos os dias, ter que usar o banheiro a cada meia hora, andar parecendo uma pata choca, não conseguir comer em muita quantidade como eu conseguia antes, ter dor nas costas dependendo da posição e o pior, sentir o nervo ciático fisgando de vez em quando. Essa dor do ciático parece com aquela quando a gente bate o cotovelo bem em cima do nervo, sabe? Mas é na perna esquerda e acontece provavelmente porque a cabeça da Sementinha deve estar pressionando o nervo ciático. Mas ainda com tudo isso, estou adorando o terceiro trimestre!

Aqui na Gringolândia a primavera começou, as flores estão brotando com toda a beleza, alguns dias já estão bem quentinhos, to usando vestidos e todo mundo repara na minha barriga gravídica já que não tem um casacão quente tampando. Então quero curtir mais esta fase, continuar grávida por mais tempo, ainda sentir os chutes que estão cada vez mais fortes, as reviravoltas que a Sementinha dá que parece até que ela quer explodir a pele da minha barriga, sentir as contrações que as vezes são tão fortes que até me assustam. Daí o que digo agora é: não quero parir antes de completar 39 semanas e 6 dias. Porque tão preciso este número? Porque acharia bem legal se a Sementinha nascesse no dia 29 como eu (diferente mês). Mas também pode ser depois. Que ela venha quando ela achar melhor! Seja maio, seja junho! Mas que ela não venha antes das 39 semanas, porque assim eu termino de bordar ponto cruz em algumas toalhas de banho pra ela, faço mais algumas aulas de costura que to adorando e posso costurar roupas pra mim e pra ela.

Apesar de querer que ela demore a chegar posso dizer: eu e maridex estamos prontos! Mala da maternidade feita, plano de parto pronto, estoque de comida no freezer, fizemos aula sobre parto, o que foi ótimo pro maridex, e fizemos o ensaio fotográfico que eu tanto queria. Fizemos com um fotógrafo que conhecemos a algum tempo. Nós o conhecemos numa festa e lá ele tirou algumas fotos do evento, incluindo esta de nós dois que eu gosto tanto.


Ele não é um super profissional, na verdade o nível dele é meio parecido com o meu e do maridex, mas foi barato e fizemos num parque perto da nossa casa. Aqui, algumas fotos do nosso ensaio:











Detalhe sobre os cachorros que aparecem em duas das fotos: são dois cachorros diferentes que estavam com seus donos aproveitando um belo dia de sol. Ambos os donos pediram desculpas por seus cães estarem "nos perturbando", mas nós adoramos tê-los em algumas das nossas fotos.

3 de maio de 2014

Dicas de llivros para tentantes, grávidas e mamães

Sei que os bebês nascem sem manual de instrução, então é melhor a gente tentar aprender o máximo possível e nos preparar para essa grande aventura de ser pais. Antes de engravidar eu já lia muito sobre gravidez e maternagem, blogs, notícias na internet e alguns livros. Depois de engravidar li mais alguns livros e vou deixar aqui os que eu  mais gostei. No geral acho que o melhor é começar a ler antes de engravidar de fato por dois motivos: primeiro que a gravidez passa depressa demais e muitas vezes um dos efeitos colaterais da gravidez é a preguiça e segundo porque é bom ter conhecimento antes da batata quente estar no nosso colo.

Livros sobre gravidez - É bom ter na cabeceira um (ou alguns) livros sobre a gravidez. Aqui eu tenho 3, cada um tem um estilo de escrita diferente, e o que eu mais gosto é o "I'm pregnant!", da Dra. Lesley Regan. Também tenho a versão em inglês do "O que esperar quando você está esperando", de autoria de de Arlene Eisenberg, Heidi Murkoff e Sandee Hathaway, mas não gosto tanto e durante a gravidez eu não consulto ele com tanta frequência. Qualquer que seja o livro, é legal ir acompanhando durante o decorrer da gravidez, semana por semana, mas eu aconselho fortemente as tentantes a começarem a ler antes do positivo chegar.



A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra, da Laura Gutman - Eu li este livro antes de engravidar e ele deve ser leitura obrigatória pra toda mulher que quer ser mãe um dia. É profundo e trata das mudanças psicológicas e um mar de sentimentos que vem com a maternidade. 



Parto Ativo, da Janet Balaskas - Este livro é excelente, também recomendo que seja lido antes da gravidez, e relido durante, principalmente as dicas de exercício que são ótimas. Se você quer ter um parto normal, é leitura obrigatória, se não, leia de toda forma, com a cabeça aberta às informações que o livro traz, como sobre a fisiologia do parto e exercícios de yoga que podem ser muito úteis. 




Besame mucho, do Carlos González  - Há várias teorias e jeitos diferentes de se criar filhos. É importante que os pais decidam antes do nascimento como o filho será criado. Se você ainda está decidindo ou já se decidiu pela criação com apego, este livro é obrigatório. O autor consegue se expressar muito bem, empoderar o leitor e fala sobre como os pais devem confiar nos seus instintos. Tenho a versão em português em pdf, e o arquivo está disponível no facebook, no grupo Gravidez, Parto e Maternidade.



O bebê mais feliz do pedaço, do Dr. Harvey Karp - Tenho a versão em inglês deste livro e ele traz a teoria de que após o nascimento, durante os 3 primeiros meses de vida, o bebê vive o chamado quarto trimestre, que apesar dele passar aqui de fora do útero, ele ainda precisa de um carinho especial. Ele ficou acostumado com o calor e toda a sensação de dentro do útero, por isso é tão bom enrolar o bebê e ter contato próximo com ele, pele com pele, principalmente com a mãe.



O Livro da Maternagem - Ele pode ser comprado na lojinha do Blog Cientista que virou Mãe. Aborda vários temas da maternidade, sempre destacando o cuidado, a afetividade, amor e respeito pelas crianças. Mais uma vez, é ótimo pra quem quer criar com apego, ou quer saber mais sobre.